Foi difícil pra mim chegar a essa decisão de expor um pouco da minha vida na fase de muito sofrimento. Resolvi escrever pois, comecei a ver que muitas pessoas precisam de um depoimento ou uma prova viva do que é a depressão.
Tudo começou com uma depressão pós parto. Dois meses após o nascimento do meu filho, tive um problema chamado Psicose puerperal. Essa é uma doença muito rara.
O pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Inicia um aumento geral na incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema psiquiátrico antes. A psicose puerperal ocorre na freqüência de um ou dois partos para cada 1000.. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtorno bipolar ou pacientes que tiveram psicose no parto anterior devem tomar medidas preventivas.. A principal causa dos delírios da psicose puerperal está ligada ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem acontecer. A recuperação da psicose está diretamente ligada a história da paciente.
Essa doença toma conta da cabeça da mãe. Ela acaba não reconhecendo mais as pessoas, tentam o suicídio, e perde a vontade de viver.
Essa fase foi a muito de muito sofrimento, mas para mim que estava dopada com uns 15 comprimidos por dia era meio estranha. Sofria com a falta do meu filho, pois ele não podia ficar perto de mim, pois era muito perigoso, mais não sabia realmente oque estava acontecendo comigo ,então.. a família se colocou a frente e ficou com ele por algum tempo, até me fortalecer um pouco.
As medidas que foram tomadas foi... psicanálise, psiquiatra e muito remédio. Fui internada varias vezes nesse período, não conseguia comer também,então comecei a ter outro problema que foi a anorexia.
Nesse período eu não podia segurar meu filho em pé porque caía , e sentada muito menos porque ia caindo para os lados de fraqueza, e também pelos remédios.
Ao longo do tempo fui procurando outros médicos que me proporcionassem uma melhora com menos remédios. Fui mais ou menos a seis psiquiatras diferentes para achar um que acertasse a dosagem do medicamento... então encontrei em Curitiba. Foi um médico muito bom, humano e atencioso que conseguiu tirar alguns remédios mais antigos e colocar outros mais modernos.
Comecei a melhorar... fiquei um bom tempo sem crises. Fui atrás de tudo de me falavam.. igreja, pastor, benzedeiros, centros espírita, enfim... fui tudo que me ofereciam, mas... não fui eu quem quis ir atrás, foi a família que me levava, mesmo contra vontade.
Chegou um período que achei que estava boa, então larguei todos meus remédios... primeiro porque achava que era veneno, e depois porque achava que já estava boa. Aí foi que veio o pior.... a depressão veio três vezes mais forte, porém já estava curada da psicose. Tornei-me uma pessoa triste, infeliz, inferior e incapaz de ver minhas qualidades, pois naquele momento, qualidade não existia.
A depressão se tornou tão sofrida e forte que fui internada novamente...
Quando eu saí do hospital, me dei por conta que sem os remédios eu jamais poderia ser feliz na minha vida, pois sem eles eu ficava muito mal, então aceitei e comecei a tomá-los certinho.
Fique mais ou menos uns dois anos bem... até que derrepente veio uma paralisação no meu corpo no lado esquerdo. Fiquei sem meus movimentos, sem minha feminilidade, sem meu sorriso, e com muito medo de nunca mais poder andar.
Foi muito difícil, pois dependia da família pra tomar banho, comer, escovar meus cabelos e me levar nos lugares. Fiz vários exames.. dos mais doloridos possíveis como choque... até os mais simples, e neles não relatavam nenhum problema nos nervos, nem na cabeça. Então foi diagnosticada uma somatização, fibromialgia e anorexia. Juntaram todos os problemas que minha mente mandou uma ordem para meu corpo de parar, pois fui somatizando todos os problemas, dores que me levaram a bloquear meus movimentos, como se fosse para fugir da vida.
Mas... nessa experiência pude ver o quanto é importante a vida, quanto é importante aproveitar cada minuto, mesmo sem os pés , as mãos, ou qualquer membro do corpo, pois o importante ´estar vivo.
Tive uma grande força dento de mim que começou a mostrar um outro lado que eu não conhecia do ser humano, Pois.. toda vez que ia estacionar , tinha gente no lugar de deficiente físico.. e também o dó que o ser humano tem das pessoas que tem alguma deficiência. Então.. comecei a esquecer a minha auto piedade e fui a luta, comecei a usar muito meu lado bom do corpo e comecei a querer viver. Foi difícil, mas.. venci. Aceitei os tratamentos, Precisava ir à pisciciloga, pisciquiatra, reumatologista , fisioterapia e nutricionista, e só com esses tratamentos eu poderia me levantar.. então aceitei. Fui me esforçando, continuei tomando meus remédios, não tive pressa de sair da cadeira, pois ia vivendo dia a dia e vendo minha melhora.
Essa foi uma fase que hoje eu sei que tinha que passar, pois dava mais valor para as pessoas que não me davam e deixava aqueles que me amavam de lado, e nesse momento eu vi quem eram meus verdadeiros amigos, quem me amava e quem valia a pena cultivar.
Acho que todos temos que passar por alguma coisa difícil que nos mostre alguma coisa, que nos faça acreditar em alguma coisa.
Quero passar minha força para quem esta lendo, quero dizer que podemos começar tudo denovo pois o importante é persistir e ter vontade de vencer e viver pois a vida é uma só e se não vivermos ela.. quando fechar os olhos ela já vai ter passado.
Tudo começou com uma depressão pós parto. Dois meses após o nascimento do meu filho, tive um problema chamado Psicose puerperal. Essa é uma doença muito rara.
O pós-parto é uma fase crítica para a mulher por causa das violentas mudanças nas taxas hormonais, além de todo o estresse que o parto implica. Inicia um aumento geral na incidência de distúrbios mentais nessa fase, principalmente para quem já sofreu algum problema psiquiátrico antes. A psicose puerperal ocorre na freqüência de um ou dois partos para cada 1000.. Não há relação dessa psicose com a idade da mãe nem com sua cor. Pacientes com transtorno bipolar ou pacientes que tiveram psicose no parto anterior devem tomar medidas preventivas.. A principal causa dos delírios da psicose puerperal está ligada ao bebê. Os temas mais comuns dos delírios são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso. Tentativas de homicídio contra o bebê podem acontecer. A recuperação da psicose está diretamente ligada a história da paciente.
Essa doença toma conta da cabeça da mãe. Ela acaba não reconhecendo mais as pessoas, tentam o suicídio, e perde a vontade de viver.
Essa fase foi a muito de muito sofrimento, mas para mim que estava dopada com uns 15 comprimidos por dia era meio estranha. Sofria com a falta do meu filho, pois ele não podia ficar perto de mim, pois era muito perigoso, mais não sabia realmente oque estava acontecendo comigo ,então.. a família se colocou a frente e ficou com ele por algum tempo, até me fortalecer um pouco.
As medidas que foram tomadas foi... psicanálise, psiquiatra e muito remédio. Fui internada varias vezes nesse período, não conseguia comer também,então comecei a ter outro problema que foi a anorexia.
Nesse período eu não podia segurar meu filho em pé porque caía , e sentada muito menos porque ia caindo para os lados de fraqueza, e também pelos remédios.
Ao longo do tempo fui procurando outros médicos que me proporcionassem uma melhora com menos remédios. Fui mais ou menos a seis psiquiatras diferentes para achar um que acertasse a dosagem do medicamento... então encontrei em Curitiba. Foi um médico muito bom, humano e atencioso que conseguiu tirar alguns remédios mais antigos e colocar outros mais modernos.
Comecei a melhorar... fiquei um bom tempo sem crises. Fui atrás de tudo de me falavam.. igreja, pastor, benzedeiros, centros espírita, enfim... fui tudo que me ofereciam, mas... não fui eu quem quis ir atrás, foi a família que me levava, mesmo contra vontade.
Chegou um período que achei que estava boa, então larguei todos meus remédios... primeiro porque achava que era veneno, e depois porque achava que já estava boa. Aí foi que veio o pior.... a depressão veio três vezes mais forte, porém já estava curada da psicose. Tornei-me uma pessoa triste, infeliz, inferior e incapaz de ver minhas qualidades, pois naquele momento, qualidade não existia.
A depressão se tornou tão sofrida e forte que fui internada novamente...
Quando eu saí do hospital, me dei por conta que sem os remédios eu jamais poderia ser feliz na minha vida, pois sem eles eu ficava muito mal, então aceitei e comecei a tomá-los certinho.
Fique mais ou menos uns dois anos bem... até que derrepente veio uma paralisação no meu corpo no lado esquerdo. Fiquei sem meus movimentos, sem minha feminilidade, sem meu sorriso, e com muito medo de nunca mais poder andar.
Foi muito difícil, pois dependia da família pra tomar banho, comer, escovar meus cabelos e me levar nos lugares. Fiz vários exames.. dos mais doloridos possíveis como choque... até os mais simples, e neles não relatavam nenhum problema nos nervos, nem na cabeça. Então foi diagnosticada uma somatização, fibromialgia e anorexia. Juntaram todos os problemas que minha mente mandou uma ordem para meu corpo de parar, pois fui somatizando todos os problemas, dores que me levaram a bloquear meus movimentos, como se fosse para fugir da vida.
Mas... nessa experiência pude ver o quanto é importante a vida, quanto é importante aproveitar cada minuto, mesmo sem os pés , as mãos, ou qualquer membro do corpo, pois o importante ´estar vivo.
Tive uma grande força dento de mim que começou a mostrar um outro lado que eu não conhecia do ser humano, Pois.. toda vez que ia estacionar , tinha gente no lugar de deficiente físico.. e também o dó que o ser humano tem das pessoas que tem alguma deficiência. Então.. comecei a esquecer a minha auto piedade e fui a luta, comecei a usar muito meu lado bom do corpo e comecei a querer viver. Foi difícil, mas.. venci. Aceitei os tratamentos, Precisava ir à pisciciloga, pisciquiatra, reumatologista , fisioterapia e nutricionista, e só com esses tratamentos eu poderia me levantar.. então aceitei. Fui me esforçando, continuei tomando meus remédios, não tive pressa de sair da cadeira, pois ia vivendo dia a dia e vendo minha melhora.
Essa foi uma fase que hoje eu sei que tinha que passar, pois dava mais valor para as pessoas que não me davam e deixava aqueles que me amavam de lado, e nesse momento eu vi quem eram meus verdadeiros amigos, quem me amava e quem valia a pena cultivar.
Acho que todos temos que passar por alguma coisa difícil que nos mostre alguma coisa, que nos faça acreditar em alguma coisa.
Quero passar minha força para quem esta lendo, quero dizer que podemos começar tudo denovo pois o importante é persistir e ter vontade de vencer e viver pois a vida é uma só e se não vivermos ela.. quando fechar os olhos ela já vai ter passado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFiquei tão emocionada que nem tenho palavras para descrever o que senti ao terminar de ler sua historia!!!!
ResponderExcluirSó posso dizer que vc sempre foi e sempre será uma pessoa muito iluminada rodeada por pessoas boas que te amam... mesmo não estando tão proxima de ti... saiba que te admiro muito de verdade do fundo do meu coração!!!! e saiba que vc sempre sera minha priminha, amiga seja como for... fique sempre com Deus!!!!
Beijos
adoro te
Ana Karla de Quadros
Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou,o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
ResponderExcluirParabéns pela luta e pela superação!
William
0lá eliane
ResponderExcluirfiquei muito emocionada com sua história o quanto você é uma guerreira e agora o importante é recuperar esse tempo perdido e agradecer muito a Deus por mais essa vitoria e sorrir muito,e muito obrigado por compartilhar você não sabe o quanto está ajudando em dar seu depoimentos.....parabéns.........bjks
oi elaine. to te seguindo. permita-me. encontrei teu blog no google. é que estou um pouco depre, bjus tere.
ResponderExcluirola eliane,estou muito emocionada com a sua historia de vida,sei que existem muitas pessoas passando por depressão e sei o quanto é importante ler historias como a sua,muita força e nunca pare de lutar vc é uma guerreira,um grande bjo e fike com deus.
ResponderExcluirOlá querida Eliane parabéns pela sua superação, não é fácil para ninguém que tem um problema como você teve, fiquei muito emocionada com sua história, já tive também começo de depressão por causa do trabalho, mas graças a Deus ele me curou, então fui em busca de algo que me distrai-se, e conheci o artesanato, amo o que faço, e esqueço de todos os problemas que tive.
ResponderExcluirParabéns querida, beijos e tenha muito sucesso.
Sabe Mana, permita-me chamá-la assim, pois é assim que me lembro de você, pequeninha, brincando com meus Filhos, Juliana e Tunico, vizinhos que fomos por 06 anos na Rua Marajoaras no Cohapar I em Foz do Iguaçu. "Dificuldades são estímulos para os lutadores" e você é uma Vencedora, lutadora e vai superar essa fase, como você diz no seu maravilhoso depoimento, somente você pode acreditar em você mesmo, estamos todos torcendo por você, Você está linda, tem um filho Lindo, faz uns trabalhos lindos e vamos nos encontrar para matar as saudades. Fique com Deus, um forte Abraço da Dagmar, Juliana, Tunico e Adailto.
ResponderExcluirEliane:
ResponderExcluirque história triste e, ao mesmo tempo,
muito bonita.
Você tem um talento extraordinário
para a arte e poderá nos ajudar muito nessa
proposta de levar a arte para a escola.
Quero te agradecer muito pelo seu
despreendimento, pela sua coragem, força
de vontade...
E você escreve muito bem. Pq não escreve
um livro. Te daremos apoio.
Seja sempre bem vinda e vamos fazer
da sua exposição um sucesso.
Você não imagina como é bom saber
que existem pessoas como você querendo
colaborar com nosso trabalho na Fundação
Cultural.
Não tenho seu e-mail e gostaria de
enviar alguns para você.
o meu é:
adelino.ade@hotmail.com
abraços e sucesso
adelino
Obrigada pela força.Você é mesmo uma vitoriosa.Muito sucesso...
ResponderExcluirEliane, sou psicóloga e estou escrevendo um livro sobre depressão onde coloco alguns depoimentos. Quando li o seu, além da emoção que senti pela sua capacidade de superação, percebi que era justamento o depoimento que gostaria de encerrar meu livro. Gostaria de te pedir permissão para anexá-lo, bem como dando os créditos em seu nome e seu blog. Grata, Sônia
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